Thursday, February 08, 2007

Pic Nic

Tudo que eu escrevo ultimamente me soa tão sentimental, tão ultrapassado e principalmente: tão clichê. Não consigo definir muito bem o que escrevo do que sou, nunca fui boa nisso, mas eu me esforço.
Mas, como hoje tenho um assunto que não soa clichê, vou dele falar. Ontem, antes das treze horas e meia da tarde (???) eu já estava parada -bolsa com tudo que eu preciso, óculos de sol- na frente da casa da Nuna. Como sempre, eu chego adiantada ou atrasada nos locais, nunca consigo chegar exatamente no horário. Umas vezes é a ansiedade, outras a preguiça e ainda outras meu pai que decide me levar o horário que pode. Bem, Nuna foi continuar lavando a louça inacabada e eu fiquei olhando um DVD do Placebo (muito bom, por acaso). Papo vai, papo vem, os meninos chegaram. Primeiro o Rodrigo e depois o Vinicius (que havia vendido seu cabelo por quarenta reias).
Fomos os quatro no mercadinho comprar o necessário para uma tarde no Jardim Botânico: salgadinho, bolachinhas, refrigerante e cigarro. Caminhamos mais um horror até chegarmos no Jardim Botânico e ainda mais até encontrarmos a cascatinha onde queríamos ficar. Colocamos o pano de piquinique xadrez da Nuna no chão e nos sentamos. Levantamos e fomos nos molhar na água. Tava meio embarrada, devido à chuvarada desses dias.
Conversamos muito, a tarde inteira, acendemos incenso, detonamos com tudo que compramos no mercadinho do cara que queria me lograr vinte e cinco centavos. É verdade, eu pedi um Malboro maço exatamente pra não pagar dois reais e cinquenta e ele quis me cobrar esse mesmo preço, mas bem capaz que eu não ia reclamar: "Ô tio! Ta faltando vinte e cinco centavos". E com esses "niquels" mais tarde comprei balas 7 belo, mas poderia também ter jogado uma partida de sinuca no bar dos quinze. Viu como vale a pena reclamar seus direitos?
Bom, fomos embora uma seis horas, e eu e a Nuna decidimos "encurtar" o caminho por um lugar que descobrimos ao fazer xixi (tsc). No caminho encontrei a parte de cima do crânio de um animal, que segundo me falaram era um cachorro, mas eu nunca vi um cachorro com dois dentes tão enormes, então suponho que seja algo tipo um chupacabra. Continuamos andando, e eis que surge do nada um menino pescando (vale ressaltar que em no máximo dez centímetros de água, o que ele esperava pescar? Girinos?), nos tocamos então do porquê daquele arame farpado que separava-nos de lá: era uma propriedade particular, e não uma continuação do Jardim). Pedimos informação e ele nos deixou passar pelo terreno dele, para não termos que voltar tudo. Fomos caminhando e nos deparamos com vacas, touros, galinhas e uma cabrita! Pulei a cerca para não ter que passar pelas vacas e pisei na catinga que as galinhas fizeram. Então eu vi um cachorro, marrom, enorme e solto! Pedimos pro garoto nos acompanhar, pois assim o cachorro não avançaria em nós, e ele foi, muito gentil. Mas depois disso havia ainda algumas "propriedades" para passarmos até chegar ao asfalto que nos levaria de volta pra casa (da Nuna, porque pra minha, havia muito mais pé pela frente). Caminhando, tranqüilamente, mas de repente, eis que um cachorro, do nada, começa a latir e eu, não sabendo se preso ele estava tentei correr pro lado e me enfiei no meio de um paredão verde que eu não sei o nome, quase do lado da plantação de mandioca. Hahaha.
Depois disso, de estranho só as pessoas olhando pra ossada de animal que eu levava na mão. Dormi rezando pra não acordar com nenhum rosnado de cachorro reinvindicando sua mândíbula perdida. Ou, em uma hipótese pior, com o chupacabra.

1 comment:

Unknown said...

é nessas hras q me dá uma raiva de morar longe de lajeado.